Advogado autônomo: conheça hábitos para impulsionar sua carreira

Trabalhar apenas nas causas que deseja, ter mais flexibilidade de horários e poder tirar férias quando quiser. Essas são algumas das vontades do advogado autônomo, por isso tantos profissionais resolvem atuar por conta própria.

Na prática, o caminho até tamanha liberdade pode não ser tão simples. Por isso, recomendamos que você confira as dicas de hoje. Elas vão lhe ajudar a dar rumo à sua carreira. Fique conosco!

Perfil do advogado autônomo no Brasil

Uma pesquisa da Ordem dos Advogados do Brasil, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, traçou o perfil da profissão em todo o território nacional.

Segundo o levantamento, 72% dos advogados brasileiros atuam como autônomos. E essa condição aumenta de acordo com a idade. Enquanto apenas 56% dos profissionais entre 21 e 23 anos trabalham por conta própria, o índice atinge 78% dos advogados com 60 anos ou mais.

Podemos tirar uma conclusão desses dados. Ao que tudo indica, o tempo de carreira ajuda a se estabelecer no mercado de trabalho, fazendo a pessoa conquistar credibilidade e uma boa base de clientes. Esses são elementos fundamentais para investir no próprio negócio com segurança.

É preciso abrir empresa para ser advogado autônomo?

Não necessariamente. Um advogado pode prestar serviços e até emitir nota fiscal como pessoa física.

No entanto, a formalização do CNPJ traz vantagens. Além de conseguir contratos com clientes maiores, como empresas, o autônomo pode abrir uma conta bancária de Pessoa Jurídica. Essa separação dos gastos pessoais e profissionais ajuda a organizar as finanças. (Falaremos mais disso adiante. Aguarde!)

Quanto ganha um advogado autônomo?

Quando o assunto é finanças, uma das vantagens em ser autônomo é a flexibilidade para estabelecer e negociar honorários. Afinal, você decide o valor do seu próprio trabalho.

Porém, é difícil cravar cifras precisas. A renda média de um advogado depende de diversos fatores, desde o tipo de causas trabalhadas até a capacidade de conquistar clientes. 

Conforme a pesquisa da OAB/FGV, a maioria dos advogados brasileiros (64%) tem rendimentos de até cinco salários-mínimos. Mas esse montante tende a aumentar com a idade, o que sugere um incremento da renda à medida que a pessoa vai se estabilizando na carreira.

De fato, há profissionais que recebem acima de dez (7% do total) ou mesmo acima de 20 salários-mínimos por mês (5%).

Como se destacar na prática da advocacia autônoma

Talvez você esteja se perguntando como fazer para chegar a um patamar tão elevado, não é mesmo? Bem, ainda que não exista receita para o sucesso, estas dicas podem contribuir com a sua jornada. Acompanhe:

Construa uma rede de contatos

O famoso networking se faz de várias maneiras. Você pode, por exemplo, participar de eventos, palestras e associações de advogados para ampliar sua rede de contatos.

Também vale investir em parcerias com colegas. Às vezes é preciso trabalhar em conjunto antes de trilhar os próprios caminhos.

E, acima de tudo, atenda seu público com excelência. A qualidade do trabalho é o melhor cartão de visitas. Lembre-se que clientes satisfeitos certamente recomendarão você para atender novos casos.

Divulgue seus serviços como advogado autônomo

O marketing pessoal é outro fator para agregar visibilidade ao seu trabalho. Portanto, recorra a estratégias de publicidade.

Uma dica é manter um perfil ativo no LinkedIn ou outras redes sociais onde seu público possa estar. Inclusive, cabe escrever artigos e publicar conteúdos educativos para mostrar seu domínio do assunto. Assim, pouco a pouco, você vai conquistando credibilidade.

Saiba mais: Publicidade na advocacia – como fazer uma propaganda legal

Utilize a tecnologia a seu favor

O uso de softwares para automação de tarefas é uma excelente ideia. Eles permitem maior controle dos prazos dos processos, além de facilitar rotinas burocráticas do dia a dia. Dessa forma, sobra mais tempo para investir energia nos estudos de caso e no aprimoramento contínuo do seu ofício.

Aqui no blog, temos um artigo que cita outros benefícios da automação na advocacia. Clique no link ao lado para conferir!

Dicas de finanças para advogados autônomos

Quem exerce a advocacia de maneira autônoma acaba acumulando algumas funções, já que se torna o próprio chefe (ou a própria equipe inteira). Isso requer conhecimento de gestão de negócio.

No que tange às finanças, é importante seguir os passos abaixo. Veja:

1. Separe as finanças pessoais das profissionais

O dinheiro que entra no seu caixa não é seu. Primeiro ele é do negócio. Ou seja: é o faturamento.

Depois que todos os custos operacionais forem quitados, aí sim sobra o lucro. E então você decide quanto desse saldo irá para o seu bolso.

Para organizar ainda mais essa etapa, nossa sugestão é que você estabeleça um valor de pró-labore. Vai funcionar como um salário fixo pelo seu trabalho. Todo dinheiro a mais será da empresa (ainda que “a empresa” seja só você mesmo e que todos os pagamentos caiam na sua conta pessoal).

2. Registre seu fluxo de caixa

Você deve registrar numa planilha todas as entradas de dinheiro (receitas) e todas as saídas (despesas).

As entradas são os pagamentos da clientela. Simples assim.

Já na lista de saídas você deve incluir apenas os gastos relativos ao negócio: compra de materiais, pagamento de impostos, aluguel de sala (caso se aplique), pró-labore etc. O ideal é que, ao fim do mês, o balanço entre receitas e despesas seja positivo.

3. Estabeleça metas financeiras

Conforme os meses avançam, é possível visualizar melhor o histórico de gastos e ganhos com a atividade profissional. A partir daí, você consegue projetar o futuro.

Por exemplo, digamos que você tenha uma renda média razoavelmente estável. Ela é suficiente para pagar as contas, mas não sobra muito no fim do mês. Dessa forma, você entende que é importante dobrar o faturamento – seja para elevar seu pró-labore, seja para ampliar o escritório.

Após a adoção de uma meta, o próximo passo consiste em montar um plano de ação. Você precisa definir como e em quanto tempo obter aquele resultado.

Evidentemente, metas só são atingíveis se a pessoa mantém um pé na realidade. No nosso exemplo anterior, de dobrar o faturamento, provavelmente seria necessário correr atrás de mais causas para defender. Será que você teria tempo para isso?

4. Fuja do endividamento

Claro que advogados em início de carreira podem ter dificuldade de equilibrar as contas, especialmente quando ainda falta uma cartela robusta de clientes e os honorários vêm pingados. De qualquer modo, o mais prudente seria gastar somente o que se arrecada, e nada além disso.

Caso você decida contratar um empréstimo ou um financiamento para investir no próprio negócio, certifique-se de que as parcelas cabem no seu bolso.

Leia também: Empréstimo ou cessão de crédito judicial? O que é melhor?

5. Monte uma reserva de emergência

Imprevistos acontecem. E se você perder aquela causa importante? E se a carga tributária aumentar ou os custos operacionais do negócio ficarem caros demais?

Por esses e outros motivos, recomendamos que você tenha uma reserva de emergência. Pode ser dinheiro guardado na poupança ou em outra aplicação com resgate imediato (para ser usada a qualquer hora).

O ideal é alimentar esse fundo periodicamente. Dica: estabeleça uma quantia fixa e trate-a como uma despesa mensal, como se fosse a conta de luz ou o aluguel. Assim você não corre o risco de guardar dinheiro “apenas se sobrar”.

Veja ainda: Como declarar honorários advocatícios no Imposto de Renda

Dica bônus: antecipe seus honorários

Às vezes o advogado tem dificuldade de equilibrar as finanças por causa da demora em receber os honorários. Lembremos que, com a morosidade da Justiça no Brasil, a fase de execução da sentença costuma ser a etapa mais longa de um processo.

Nesse contexto, o profissional autônomo se empenha durante meses (ou anos) num caso sem ver o resultado financeiro de seu trabalho. Contudo, os boletos continuam a chegar todo mês.

Diante desse impasse, uma solução interessante é a antecipação de honorários. Com a cessão de créditos judiciais, você pode negociar o recebimento de parte ou da totalidade dos valores antes mesmo da execução da sentença. Até os honorários sucumbenciais podem entrar no contrato.

Aqui no blog, temos um artigo que explica como antecipar honorários advocatícios. Confira!

Sobre a DigCap

A DigCap é a primeira plataforma de intermediação de créditos judiciais 100% on-line do país. Nós realizamos análise jurídica dos casos cadastrados em nosso site e atuamos como elo de ligação entre quem vende e quem compra processos.

Trata-se de uma operação segura, transparente e sem burocracia. E o melhor é que você recebe o pagamento em poucos dias úteis, garantindo sua saúde financeira para continuar atuante no ramo da advocacia autônoma.

Gostou da ideia? Então veja como é simples negociar seu crédito judicial.

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