Empréstimo ou cessão de crédito judicial: qual é a melhor alternativa?

A situação está difícil para muita gente. Com a inflação superando o teto da meta nos últimos anos, o custo de vida aumentou, levando muitos profissionais a pensar em alternativas para fechar as contas no fim do mês. Seria o empréstimo uma delas?

Embora popular, essa opção eleva o risco de inadimplência. Por isso, hoje estamos aqui para apresentar outra possibilidade: a cessão de crédito judicial. Essa operação ajuda a antecipar recebíveis de processos, inclusive os honorários advocatícios. Fique conosco para entender os detalhes.

Empréstimos no Brasil e o risco de inadimplência

Dados divulgados pelo Banco Central em junho de 2023 mostram que a inadimplência no Brasil atingiu o maior patamar em cinco anos. Esse resultado é fruto de diversos fatores, como a alta da taxa básica de juros (Selic), que eleva os custos do crédito no mercado.

Para você ter uma ideia, a taxa média de juros cobrada em 2022 foi de 29,9% ao ano, um aumento de 5,6 pontos percentuais em relação a 2021. Isso significa que uma dívida de R$ 10 mil chegaria a R$ 12,9 mil em apenas 12 meses. E os índices vêm apresentando tendência de alta.

Ou seja: está mais caro contrair empréstimo. Então, num cenário em que as contas já estão apertadas e mal cabem no orçamento, fica mais difícil honrar as parcelas de uma dívida.

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada em fevereiro de 2023 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78% das famílias brasileiras tinham dívidas no período. As que estavam com pagamentos em atraso – isto é, as inadimplentes – chegavam a 29,9% do total.

Crescimento do mercado de cessão de crédito judicial

Em paralelo ao aumento da inadimplência, cresce, também, o interesse pela negociação de créditos. Apenas nos primeiros meses de 2023, foram negociados quase R$15 bilhões no mercado de cessão de créditos.

Essa movimentação é boa principalmente para as organizações credoras. Afinal, ao “venderem a dívida” para terceiros, elas recuperam o fôlego financeiro e melhoram o fluxo de caixa.

Numa escala menor, quem tem processos correndo na Justiça também pode recorrer à cessão de créditos judiciais. Essa é uma forma de antecipar os recebíveis da sentença.

Até mesmo advogados conseguem receber os honorários do processo mais cedo. Trata-se, portanto, de uma alternativa financeiramente mais saudável que o empréstimo.

Saiba mais: Como antecipar honorários advocatícios

Vantagens da cessão de crédito judicial em relação a empréstimos

A escolha pela cessão de crédito, em detrimento de um empréstimo, é bem fácil de defender. Basta lembrar que a contratação de crédito junto a uma instituição financeira significa contrair uma dívida.

Mesmo que você obtenha a desejada liquidez imediata, o montante embolsado pode criar novos problemas financeiros, em vez de solucionar os antigos. Isso porque as parcelas com juros acabam elevando a cifra final. Em outras palavras, você vai pagar muito mais do que solicitou inicialmente, o que não se mostra vantajoso no longo prazo.

A cessão de crédito vem na contramão dessa lógica. Ela é uma oportunidade de antecipar o dinheiro dos honorários que você receberia de qualquer forma. A diferença é que, em vez de aguardar pelo desfecho do processo, tem-se a opção de negociar os créditos no decorrer da ação.

Cabe lembrar que essa operação prevê deságio. Porém, mesmo com o desconto, ainda assim é melhor ter uma quantia própria na mão que pegar emprestado e arcar com os custos das taxas.

Existe risco na cessão de crédito?

É importante lembrar que toda operação financeira tem algum nível de risco. No caso da cessão de créditos judiciais, a insolvência do devedor pode ser um empecilho para encontrar investidores interessados no negócio – ainda que ela não seja um impeditivo, como demonstramos a seguir:

Saiba mais: Insolvência do devedor impede a venda do crédito judicial?

No entanto, “vender” o processo ou os honorários do processo é uma opção relativamente segura. Ela encontra respaldo legal no Código Civil, por exemplo.

Risco maior assume quem pede empréstimo. Se as prestações não forem quitadas em dia, os juros compostos encarecem a dívida a ponto de ela não ser mais pagável. Aí a pessoa cai na inadimplência e fica com o nome sujo, sem possibilidade de contratar crédito. Ninguém quer essa realidade para si, né?

Empréstimo para advogados deve ser segunda opção

Diante de todos os dados que apresentamos até aqui, não restam dúvidas: a melhor opção para advogados que precisam de dinheiro é, certamente, negociar os honorários via cessão de crédito.

Se você não conhece esse procedimento, ou ainda tem dúvidas sobre como funciona, vale a pena conferir o material abaixo. Elaboramos um artigo detalhado sobre o tema. Confira!

Leia também: Entenda como funciona a cessão de créditos judiciais

Onde realizar a cessão de crédito judicial

Todo o procedimento para a cessão de créditos ocorre pela internet. Você pode recorrer à DigCap para isso.

Somos a primeira plataforma de intermediação de créditos judiciais 100% online do Brasil. Basicamente, fazemos o elo entre quem vende e quem compra ações da Justiça.

Após o cadastro no site, nossa equipe realiza análises técnicas para verificar a viabilidade do negócio. Depois, estabelece uma proposta de compra, que pode ser negociada. A ideia é que ambas as partes, cessionário e cedente, saiam satisfeitas.

Quer ver como é simples? Então acesse nosso site para negociar seu crédito judicial com a DigCap.

No mais, esperamos que o conteúdo de hoje tenha sido útil para você. Aproveitando que chegou até aqui, continue a leitura com nosso artigo Finanças para advogados: 5 dicas para uma gestão eficiente.

Esse material foi elaborado especialmente para profissionais autônomos e/ou em início de carreira. Sabemos que, às vezes, a categoria encontra obstáculos para se estabelecer no mercado, então queremos compartilhar um pouco de nossa experiência com o público. Aproveite!

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