Ela é conhecida como uma solução para desafogar o sistema Judiciário. Porém, você sabia que a mediação de conflitos também pode ser um trunfo para advogados?
Hoje vamos explicar as vantagens de dominar essa técnica para se diferenciar no mercado e crescer na carreira. Siga conosco para entender os detalhes!
O que é mediação de conflitos?
A mediação de conflitos é uma negociação para resolver disputas sem recorrer ao litígio.
Nessa abordagem, há a figura de uma pessoa neutra, um facilitador com o objetivo de auxiliar na comunicação entre as partes. A ideia é que, com essa mediação, os envolvidos cheguem a um acordo satisfatório para ambos, a partir do diálogo e da compreensão mútua.
Diferenças entre mediação, conciliação e arbitragem
Vale lembrar que o artigo 165 do Código de Processo Civil diferencia os papéis do mediador e do conciliador.
Segundo a lei, a mediação ocorre principalmente quando há vínculo anterior entre as partes. Trata-se de um esforço para que as pessoas em conflito possam restabelecer a comunicação e identificar, por si próprias, soluções consensuais para os problemas.
Ou seja: pode ser muito usada nas varas de família e na Justiça do Trabalho, onde os imbróglios costumam envolver gente próxima, como parentes e colegas.
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Já a conciliação ocorre quando não há vínculo anterior entre as partes. Ela diz respeito a questões mais objetivas, que podem ser resolvidas de maneira prática, sem recorrer a disputas na Justiça.
E existe, ainda, o método da arbitragem. Esse é um procedimento mais formal, que deve estar previsto em contrato. Nesse caso, havendo necessidade de negociação, um árbitro é chamado para resolver o conflito. Como ele atua como juiz privado, sua decisão tem a mesma força de uma sentença judicial.
A importância da mediação na advocacia
Agora vem o questionamento: se a ideia é evitar conflitos na Justiça, por que os advogados devem dominar técnicas de mediação? Não seria melhor partir com tudo para o litígio?
Não necessariamente. A mediação pode ser um diferencial competitivo, uma vez que você se destaca como um profissional que busca soluções modernas e rápidas para o cliente.
Ao propor estratégias mais céleres que um processo judicial, você transmite comprometimento com o bem-estar da pessoa. Além disso, otimiza seu próprio tempo, reduzindo a carga de trabalho e abrindo espaço na agenda para outras demandas, talvez até mais complexas.
O contratante também pode enxergar vantagens na mediação. Afinal, não só ele economiza em custas processuais, como mantém a possibilidade de preservar o relacionamento com a outra parte. Isso é algo especialmente relevante em disputas familiares ou comerciais.
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Técnicas de mediação para advogados
A mediação envolve habilidades de comunicação que, embora não sejam exclusivas do campo jurídico, se adaptam de forma eficaz à resolução de conflitos. Essas técnicas auxiliam o mediador e as partes envolvidas a atingirem um entendimento mais profundo da situação, o que pode contribuir para um acordo satisfatório.
Conheça, a seguir, algumas das abordagens mais comuns e úteis na mediação de conflitos:
1. Escuta ativa
Consiste em não apenas ouvir o que a outra pessoa está dizendo, mas também compreender e refletir sobre suas palavras, seus sentimentos e suas necessidades.
No contexto da mediação, ela permite que o mediador e as demais partes entendam outros pontos de vista. Isso cria um ambiente mais cooperativo e menos adversarial, facilitando a negociação.
2. Parafraseamento
Basicamente, é repetir o que o outro indivíduo disse, com suas próprias palavras, para garantir compreensão mútua.
Na mediação, essa técnica ajuda a evitar mal-entendidos, demonstrando que as preocupações e os sentimentos do outro foram levados a sério. Além disso, o parafraseamento pode ajudar a reduzir a tensão, pois transmite uma atitude de respeito.
3. Brainstorming
A famosa “tempestade de ideias” pode ser usada para as partes pensarem, juntas, em resoluções alternativas para o conflito. O objetivo é sugerir o maior número possível de soluções, incentivando a criatividade e permitindo que os envolvidos explorem uma ampla gama de possibilidades, sem julgamentos ou críticas iniciais.
O mediador deve orientar o processo, assegurando que se chegue a caminhos viáveis.
4. Sessões individuais (caucus)
Havendo tensão ou desconfiança entre as partes, pode-se partir para encontros privados entre o mediador e cada um dos envolvidos. Essas sessões permitem que a pessoa expresse suas preocupações e seus sentimentos de forma confidencial, sem a pressão da presença do outro.
Durante o caucus, o mediador deve oferecer sugestões e explorar possíveis soluções sem que isso interfira diretamente nas negociações conjuntas.
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Casos em que a mediação pode ser mais eficaz que o litígio
A mediação pode ser melhor que o litígio em diversos cenários. Alguns deles incluem:
- Disputas entre parentes: em conflitos familiares, como divórcio, guarda de filhos ou questões de herança, a mediação pode ajudar as partes a chegarem a um acordo de maneira mais amigável, com menos desgaste emocional.
- Questões comerciais: em disputas entre empresas ou entre parceiros comerciais, essa pode ser uma solução eficiente para preservar as relações de negócios.
- Conflitos trabalhistas: divergências entre empregador e empregado podem ser resolvidas de maneira mais rápida e satisfatória por meio da mediação, sem a necessidade de um processo judicial.
- Brigas de vizinhos: problemas envolvendo barulho na vizinhança, limites territoriais da propriedade ou outras questões de convivência também podem ser resolvidos com a mediação.
Mediação demanda aperfeiçoamento contínuo
Como qualquer atividade, a mediação de conflitos requer estudo. Para você dominar essa área, precisa se aperfeiçoar constantemente.
Vale a pena se informar sobre gerenciamento de emoções, comunicação não violenta e outros tópicos relacionados. Isso porque, acima de tudo, um mediador deve manter a serenidade, mesmo diante de situações um pouco (ou muito) tensas.
E, claro, por mais que se queira resolver os problemas amigavelmente, há momentos em que o litígio é inevitável. Nessas horas, a cessão de crédito judicial se torna outra possibilidade para a parte credora, oferecendo a antecipação de recebíveis. Isso diminui os custos, o tempo e o desgaste emocional relacionados ao processo.
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