Quem exerce a advocacia de maneira autônoma acaba acumulando algumas funções. Afinal, o profissional se torna o próprio chefe. Isso requer conhecimento de gestão de negócio, o que também inclui noções de finanças para advogados.
O desafio aumenta para pessoas em início de carreira. Devido à falta de experiência, muita gente costuma se atrapalhar nas contas – e, assim, compromete o sucesso futuro. Será que esse problema tem solução?
Dicas de finanças para advogados autônomos
A resposta é um sonoro sim. Abaixo, elencamos um passo a passo simplificado para qualquer profissional liberal que deseje manter a saúde financeira. Seguindo estas dicas, você tem tudo para prosperar na área. Acompanhe!
1. Separe as finanças pessoais e as profissionais
Gastar a receita da empresa com despesas pessoais é, infelizmente, um erro muito comum. Isso acontece porque alguns empreendedores individuais têm dificuldade de diferenciar o que é faturamento e o que é lucro.
Na verdade, o dinheiro que entra no seu caixa não é seu. Primeiro ele é do negócio. Ou seja: é o faturamento.
Depois que todos os custos operacionais forem quitados, aí sim sobra o lucro. E então você decide quanto desse saldo irá para o seu bolso.
Para organizar ainda mais essa etapa, nossa sugestão é que você estabeleça um valor de pró-labore. Vai funcionar como um salário fixo pelo seu trabalho. Todo dinheiro a mais será da empresa (ainda que “a empresa” seja só você mesmo e que todos os pagamentos caiam na sua conta pessoal).
2. Registre seu fluxo de caixa
A ferramenta do fluxo de caixa funciona como uma estratégia simples para entender qual é o custo operacional da empresa. Basicamente, você deve registrar numa planilha todas as entradas de dinheiro (receitas) e todas as saídas (despesas).
As entradas são os pagamentos da clientela. Simples assim.
Já na lista de saídas você deve incluir apenas os gastos relativos ao negócio: compra de materiais, pagamento de impostos, aluguel de sala (caso se aplique) etc. Também entra aí o seu pró-labore.
A ideia é que, ao fim do mês, o balanço entre receitas e despesas seja positivo. Em outras palavras, você deve arrecadar mais do que gasta. Se as contas fecharem no vermelho, então é hora de buscar alternativas: reduzir gastos ou conseguir mais clientes.
3. Estabeleça metas financeiras
Conforme os meses avançam, é possível visualizar melhor o histórico de gastos e ganhos com a atividade profissional. E a partir daí você consegue projetar o futuro.
Por exemplo, digamos que você tenha uma renda média razoavelmente estável. Ela é suficiente para pagar as contas, mas não sobra muito no fim do mês. Dessa forma, você entende que é importante dobrar o faturamento – seja para elevar seu pró-labore, seja para ampliar o escritório.
Após a adoção de uma meta, o próximo passo consiste em montar um plano de ação. Você precisa definir como e em quanto tempo obter aquele resultado.
Evidentemente, metas só são atingíveis se a pessoa mantém um pé na realidade. No nosso exemplo anterior, de dobrar o faturamento, provavelmente seria necessário correr atrás de mais causas para defender. Será que você teria tempo para isso?
4. Fuja do endividamento
Outro ponto importante para a saúde financeira é evitar o endividamento. Claro que advogados em início de carreira podem ter dificuldade de equilibrar as contas, especialmente quando ainda não há uma cartela robusta de clientes e os honorários vêm pingados.
De qualquer modo, o mais prudente seria gastar somente o que se arrecada, e nada além disso. Portanto, caso você decida contratar um empréstimo ou um financiamento para investir no próprio negócio, certifique-se de que as parcelas cabem no seu bolso.
Agora, se não der para escapar das dívidas, o jeito é negociar os valores atrasados. Reparcelar os pagamentos pode ser uma solução mais barata, até porque boletos vencidos geram multas e juros que encarecem demais a soma final.
5. Monte uma reserva de emergência
Vale dizer que, por mais que alguém se planeje, sempre pode haver algum imprevisto. E se você perder aquela causa importante? E se a carga tributária aumentar ou os custos operacionais do negócio ficarem caros demais?
Por esses e outros motivos, recomendamos que você tenha uma reserva de emergência. Pode ser dinheiro guardado na poupança ou em outra aplicação com resgate imediato (para ser usada a qualquer hora).
O ideal é alimentar esse fundo periodicamente. Dica: estabeleça uma quantia fixa e trate-a como uma despesa mensal, como se fosse a conta de luz ou o aluguel. Assim você não corre o risco de guardar dinheiro “apenas se sobrar”.
Leia também: Como declarar honorários advocatícios no Imposto de Renda
Dica bônus: antecipe seus honorários
Às vezes o advogado tem dificuldade de equilibrar as finanças por causa da demora em receber os honorários. Lembremos que, com a morosidade da Justiça no Brasil, a fase de execução da sentença costuma ser a etapa mais longa de um processo.
Nesse contexto, o profissional autônomo se empenha durante meses (ou anos) num caso sem ver o resultado financeiro de seu trabalho. Porém, os boletos continuam a chegar todo mês.
Diante desse impasse, uma solução interessante é a antecipação de honorários. Com a cessão de créditos judiciais, você pode negociar o recebimento de parte ou da totalidade dos valores antes mesmo da execução da sentença. Até os honorários sucumbenciais podem entrar no contrato.
Aqui no blog, temos um artigo que explica como antecipar honorários advocatícios. Confira!
Sobre a DigCap
A DigCap é a primeira plataforma de intermediação de créditos judiciais 100% on-line do país. Nós realizamos análise jurídica dos casos cadastrados em nosso site e, a partir daí, atuamos como elo de ligação entre quem vende e quem compra processos.
Trata-se de uma operação segura, transparente e sem burocracia. E o melhor é que você recebe o pagamento em poucos dias úteis, garantindo sua saúde financeira para continuar atuante no ramo da advocacia.
Gostou da ideia? Então veja como é simples negociar seu crédito judicial.